Em Literatura, orientados pela professora Juliane B. Benetti, os alunos do segundos e terceiros anos do Ensino Médio, transformaram as obras literárias que leram, em poesias.
Algumas delas foram selecionadas:
Do Dom para o Casmurro (Baseada na obra “Dom Casmurro” de Machado de Assis)
Já velho e amargurado,
Relembro os fatos do passado.
Sou Casmurro por ser calado,
E Dom por nobreza ter dotado.
Pela bela Capitu
Na adolescência apaixonei-me.
Inclusive a profissão
De sacerdote abandonei.
José Dias, grande amigo
Para Europa não levei
Mas claro, tenho certeza,
Que suas últimas palavras não esquecerei.
Traição é sempre dura
Ainda mais da mulher amada,
Que teve um filho bastardo,
Com o meu amigo de jornada.
No final deste épico romântico,
A separação foi assinada.
Mas a lembrança daqueles olhos dissimulados,
Da memória não será apagada.
( Leilane Fernanda da Silva, Turma 122)
Crônicas da vida (Baseada na obra “Pensar é transgredir” de Lya Luft)
Parar e pensar...
Sobre as crônicas da vida.
Muitas escondidas,
Num passado bem distante.
Parar e pensar...
Nas histórias inacabadas.
Nas páginas viradas,
Ao longo das nossas vidas.
Parar e pensar...
Na vida do nosso próximo,
Que mesmo tão próximo,
Poucos param para ajudar.
Parar e pensar...
Na falta de conhecimento,
De quem tem preconceito,
Um pré-julgamento, sem mesmo conhecer.
Nas crônicas da vida...
Nada é programado
Basta ser vivido...
( Marlize Felden e Maiara Cervi, Turma 132)
Centauro (Baseada na obra “O centauro no jardim” de Moacyr Scliar)
Nas terras do Rio Grande
Um centauro, um dia nasceu,
E ao invés de festa, alegria,
Nada disso aconteceu.
Isolado do mundo
Ele foi criado
Para que nunca
Fosse maltratado.
De sua casa
Um dia ele fugiu
E no seu caminho
Os segredos do amor, ele descobriu.
Com o passar do tempo
Conseguiu tornar-se gente
Mas, sua parte de centauro
Será lembrada eternamente
Quando voltou para casa
Com sua família celebrou
Tudo aquilo que o destino
Proporcionou-lhe!
( Keila de Fátima Sommavilla; Rudinei Bortolotti, Turma 132)
O Homem (Baseada na obra “Os ratos” de Dyonélio Machado)
Naziazeno Barbosa é um homem
Endividado com o leiteiro.
Passa um dia
em busca de dinheiro.
Correu atrás de dinheiro
Tomou café no lugar do almoço.
Andou por toda a cidade,
mas só teve desgosto.
Pediu dinheiro emprestado
Para seus amigos e o patrão.
Também penhorou o anel,
Para achar a solução.
No término do dia,
Naziazeno volta para casa cansado.
Levando com alegria
O dinheiro emprestado.
Coloca sobre a mesa
A panela para o leiteiro com o dinheiro.
Ao deitar sonha com ratos,
Que roem as notas por inteiro.
Percebe que o leiteiro chega
E escuta na panela o barulho do leite.
Só assim ele descansa
E dorme felizmente.
(Ronise e Nivia, Turma 132)