terça-feira, 28 de junho de 2011

A POESIA INVADE O UNIVERSO DOS TERCEIROS ANOS

Em Literatura, orientados pela professora Juliane B. Benetti, os alunos do segundos e terceiros anos do Ensino Médio, transformaram as obras literárias que leram, em poesias.

Algumas delas foram selecionadas:

Do Dom para o Casmurro (Baseada na obra “Dom Casmurro” de Machado de Assis)

Já velho e amargurado,
Relembro os fatos do passado.
Sou Casmurro por ser calado,
E Dom por nobreza ter dotado.

Pela bela Capitu
Na adolescência apaixonei-me.
Inclusive a profissão
De sacerdote abandonei.

José Dias, grande amigo
Para Europa não levei
Mas claro, tenho certeza,
Que suas últimas palavras não esquecerei.

Traição é sempre dura
Ainda mais da mulher amada,
Que teve um filho bastardo,
Com o meu amigo de jornada.

No final deste épico romântico,
A separação foi assinada.
Mas a lembrança daqueles olhos dissimulados,
Da memória não será apagada.

( Leilane Fernanda da Silva, Turma 122)

Crônicas da vida (Baseada na obra “Pensar é transgredir” de Lya Luft)

Parar e pensar...
Sobre as crônicas da vida.
Muitas escondidas,
Num passado bem distante.

Parar e pensar...
Nas histórias inacabadas.
Nas páginas viradas,
Ao longo das nossas vidas.

Parar e pensar...
Na vida do nosso próximo,
Que mesmo tão próximo,
Poucos param para ajudar.

Parar e pensar...
Na falta de conhecimento,
De quem tem preconceito,
Um pré-julgamento, sem mesmo conhecer.

Nas crônicas da vida...
Nada é programado
Basta ser vivido...

( Marlize Felden e Maiara Cervi, Turma 132)

Centauro (Baseada na obra “O centauro no jardim” de Moacyr Scliar)

Nas terras do Rio Grande
Um centauro, um dia nasceu,
E ao invés de festa, alegria,
Nada disso aconteceu.

Isolado do mundo
Ele foi criado
Para que nunca
Fosse maltratado.

De sua casa
Um dia ele fugiu
E no seu caminho
Os segredos do amor, ele descobriu.

Com o passar do tempo
Conseguiu tornar-se gente
Mas, sua parte de centauro
Será lembrada eternamente

Quando voltou para casa
Com sua família celebrou
Tudo aquilo que o destino
Proporcionou-lhe!

( Keila de Fátima Sommavilla; Rudinei Bortolotti, Turma 132)

O Homem (Baseada na obra “Os ratos” de Dyonélio Machado)

Naziazeno Barbosa é um homem
Endividado com o leiteiro.
Passa um dia
em busca de dinheiro.

Correu atrás de dinheiro
Tomou café no lugar do almoço.
Andou por toda a cidade,
mas só teve desgosto.

Pediu dinheiro emprestado
Para seus amigos e o patrão.
Também penhorou o anel,
Para achar a solução.

No término do dia,
Naziazeno volta para casa cansado.
Levando com alegria
O dinheiro emprestado.

Coloca sobre a mesa
A panela para o leiteiro com o dinheiro.
Ao deitar sonha com ratos,
Que roem as notas por inteiro.

Percebe que o leiteiro chega
E escuta na panela o barulho do leite.
Só assim ele descansa
E dorme felizmente.

(Ronise e Nivia, Turma 132)

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